Saturday, 23 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Estudo com 194 países aponta quadro ruim

Estudo divulgado na semana passada pela organização Freedom House, com sede em Washington, aponta para a queda no índice de liberdade de imprensa em países da África, Ásia e ex-União Soviética, informa nota de Robin Hindery [Associated Press, 28/4/06]. Ao mesmo tempo, quatro dos países mais opressores mostram sinais de progresso.

Foram 194 países e territórios pesquisados. Destes, 73 foram considerados livres, 54, parcialmente livres, e 67, não-livres. Karin Karlekar, editora que comandou o estudo, afirma que um dos pontos preocupantes dos resultados é a piora de países que já estiveram em um bom caminho no respeito à liberdade de imprensa, o que aconteceu em grande parte nos continentes africano e asiático.

Situações preocupantes

A Rússia aparece como um motivo de preocupação em particular, segundo o relatório. Classificado como ‘não-livre’ em 2002, o país teve piora na situação no ano passado. Foi relatado o uso de pressões econômicas e legais e ameaças físicas por parte das autoridades para evitar que a imprensa reportasse tópicos sensíveis, como o conflito na Chechênia, por exemplo.

O estudo também examinou o longo declínio dos países da América Latina e Caribe no cumprimento da liberdade de imprensa desde o início da década de 90, quando seis nações caíram da categoria ‘livre’. ‘Olhando os últimos 15 anos, o que é particularmente surpreendente é que as tendências democráticas em geral mantiveram-se estáveis ou melhoraram, mas o mesmo não pode ser dito da liberdade de imprensa’, conclui Karin.

O relatório apontou algumas – tímidas – melhorias em três países africanos e um do Oriente Médio: Argélia, Marrocos, Jordânia e Botsuana. Enquanto os quatro permanecem na categoria ‘não-livre’, estão prestes a subir no índice.