Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Mas nem para dar o resultado do jogo?

O Estado de S.Paulo é um dos jornais que chegam diariamente à Redação de A Tribuna, de Santos (SP). Na edição de quinta-feira (2/7), espanto: nada sobre o jogo no qual o Corinthians conquistara, na véspera, o título da Copa do Brasil.

Como pode não ter saído nada sobre o time de futebol que tem a maior torcida no território paulista, garantiu vaga para a Copa Libertadores da América de 2010 e dispõe, no elenco, de Ronaldo, destaque permanente na mídia internacional?

Não que eu seja corintiano e não soubesse do resultado na mesma noite – os gritos e o barulho de fogos de artifício, perto de casa, indicavam quem levou o caneco. Mas, se dependesse do Estadão para saber quanto foi a partida, estaria perdido.

No alto da primeira página, achei a explicação: era a ‘edição das 21h45’. Mais ou menos a hora em que começaria a decisão entre Corinthians e Internacional.

Antes, os jornais faziam a mesma coisa que o rádio, a televisão e a internet: reproduziam, sem aprofundamento nem diferenciação, resultados e declarações que a mídia eletrônica transmitia um dia antes. Agora, em alguns clichês, nem isso.

É essa a estratégia dos jornais impressos para continuar vendendo?

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Repórter do jornal A Tribuna, Santos, SP