O portal do PCdoB investiu contra este observador em artigo sem assinatura acusando-o de covarde. Os herdeiros do nazi-stalinismo já foram mais espertos: uma acusação deste tipo não pode ficar escondida no anonimato. Covarde é o autor da fanfarronada apócrifa e clandestina.
Este observador opinou e assinou, não se escondeu. Não xingou nem ofendeu. Sem poder recorrer aos capangas, inseguro no vernáculo, o escriba enfezado preferiu esconder-se debaixo das saias das viúvas de Stalin que o sustentam.
A demissão do blogueiro do iG Paulo Henrique Amorim foi comentada aqui de forma lhana e tranqüila. Como entre este observador e o demitido há um contencioso que remonta a 1998, quando este último comandou uma cruzada abjeta contra o candidato Lula (por causa da compra de um apartamento em São Bernardo do Campo), o comentário forçosamente deveria ser impessoal [ver os antecedentes aqui e aqui].
O blogueiro demitido é um dos expoentes de um tipo de jornalismo que alguns chamam eufemisticamente de ‘engajado’ e outros designam simplesmente como truculência. Mas como neste caso o ‘engajamento’ do demitido envolve poderosos interesses econômicos e lança inevitáveis suspeitas no plano moral, para não emitir juízos sobre um desafeto preferiu-se o comentário conceitual.
Esta sutileza evidentemente não poderia ser percebida por um escrevinhador treinado para defender o pacto Hitler-Stalin em 1939. Atormentado ainda por estes fantasmas, o portal Vermelho enfia a cabeça na privada e assume-se de forma tão despudorada como defensor do jornalismo marrom.