Fico pensando, como pode um norte-americano casado com uma brasileira conhecer tão pouco nossa cultura? Ou ele é pouco inteligente ou é hipócrita. É possível que, por ignorância, um estrangeiro julgue a cultura alheia de acordo com os parâmetros da própria cultura. Porém, um jornalista não pode ser caracterizado como uma pessoa ignorante. Logo, só posso concluir que o jornalista Larry Rohter agiu como um hipócrita, pois sabe que nós brasileiros não estamos preocupados com os ‘tragos’ do presidente da República. Temos questões mais sérias para nos preocupar. Aliás, o Sr. Larry Rohter também tem. Afinal, é o seu país que tem um presidente (eleito de forma suspeita) que se arvora em ‘salvador’ do mundo contra o terrorismo e, que para isso, usa de meios tão terríveis quantos o próprio.
Ou devemos pensar que para os norte-americanos ocupar um país, torturar e humilhar seu povo não é motivo para preocupação? Enfim, seria muito bom se não existissem ‘jornalistas’ como o Sr. Larry Rohter, que se utilizam da liberdade de imprensa para difamar, caluniar e denunciar impunemente, e políticos como Leonel Brizola, Maluf e outros. Estes, sim, motivos de preocupação nacional.
Solange Vavassori, professora, Atibaia, SP
Faltou uma entrevista
Uma pergunta: imprensa não entrevista imprensa? Não vi nem ouvi em momento algum a imprensa brasileira entrevistar o citado repórter do NYT. Se ele é casado há 20 anos com uma brasileira, também não vi nem ouvi a imprensa brasileira entrevistar nossa compatriota para sabermos a opinião dela.
Em tantos outros momentos de nossa vida constatamos a imprensa em peso no trabalho, na residência, no clube etc. do envolvido, sem falar nos helicópteros, motorrepórteres e uma parafernália com o único objetivo de explorar a mesma ‘liberdade de imprensa’. Será que estou enganado ou a imprensa não entrevista imprensa? Só para lembrar o caso daquele piloto debochado versus Polícia Federal: a imprensa foi lá na casa dele nos Estados Unidos enquanto ele ainda estava aqui.
Sérgio Corrêa, São Paulo
‘Marrom’ de carteirinha
O artigo ‘NYT de pileque, jornalões de ressaca’, de Alberto Dines, é brilhante – ante a comoção boba que se fez diante do caso. Mas erra num aspecto importante: quem ler a matéria de Rohter ‘Índios temem presença de exército na Amazônia’, o que ademais nunca foi comprovado, sabe que o dito jornalista é marrom de carteirinha. Infelizmente este fato em nenhum momento foi lembrado pela imprensa nacional.
Wedencley Alves Santana, jornalista, professor universitário e pesquisador, Rio de Janeiro
Matéria ‘plantada’
Qualquer cidadão brasileiro que se preze sentiu-se ofendido com o artiguelho do jornal americano New York Times, maculando a figura do nosso presidente. Nem que tivessem provas incontestáveis do que afirmam seria possível publicar semelhante arrazoado calunioso, sem provocar tremendo conflito diplomático. Depois de ler o Observatório passamos a ter uma noção maior sobre os grandes jornais brasileiros que não reagiram ao insulto do pasquim americano.
Brasileiros patriotas podem até suspeitar ter a matéria sido ‘plantada’ com interesses escusos, a troco de alguns dólares, prática muito usada por aquele jornal. Ninguém em sã consciência, vai em casa do vizinho com quem mantém boas relações e começa soltando o que lhe vem à mente sobre o comportamento do anfitrião. Quando a cabeça não pensa o corpo que paga, por isso, toda a imprensa brasileira deveria já ter começado campanha de repúdio à ofensa.
Marcos Pinto Basto
Pessoa transparente
Seu artigo me reconforta, estava pensando que somente eu me indignava com a notícia, com a imprensa e com um monte de salafrários oportunistas. Confio muito no Lula, é uma pessoa transparente. Os outros, além de falsários, não conseguem perceber o mal que fazem a nosso país e a nosso povo com essa brincadeirinha irresponsável.
Celia Ballario