Inconformada com matéria da Folha (‘Ilustrada’, 22/5) anunciando aos quatro ventos que Pânico na TV atingiu bom índice de audiência, especialmente entre as classes A e B (53%), e que estaria interessando SBT, Globo (!!!) e até ao canal hollywwodiano E!, a produção do melhor programa humorístico da TV aberta armou um final eletrizante para a edição de domingo.
Logo após a exibição da dupla Repórter Vesgo & Silvio Santos, que só não foi hilariante como sempre porque um quase feriu o outro, por acidente, à porta de uma festa da revista Cagas (isso mesmo, com g), o programa voltou aos estúdios. ‘Vamos reagir’, bradou o apresentador Emílio Surita, com a ‘Ilustrada’ na mão. ‘A partir de hoje, quando percebermos que nosso índice de audiência subiu, apresentaremos um momento cultural, com a leitura de uma obra literária.’
Um locutor foi então ao palco e leu longos trechos de O guardador de rebanhos, a libertadora epopéia interior de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa), em 49 poemas.
Impagável!
Pânico na TV também é cultura.
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