Wednesday, 27 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Raízes da grossura

A Veja São Paulo (5/10) deu capa para "O novo rei da baixaria", Rafinha Bastos. Em reportagem extensa, condena o líder da "turma cada vez mais numerosa de comediantes fora de tom".

É saudável que haja reação a esse tipo de manifestação. Como disse Marcelo Rubens Paiva (com outras palavras), não foi para isso que nós lutamos pela democracia.

Mas o indigitado Rafinha não caiu como raio em céu azul. Ele se nutriu numa poderosa vertente de grossura que faz parte da cultura (no sentido amplo da palavra) brasileira.

A própria Veja publicou, em maio de 2006, publicou uma capa apta a disputar qualquer concurso de grosseria:

O remédio mais civilizado para combater a grossura é pressão democrática sobre os patrocinadores. Faz falta uma campanha como a "Quem financia a baixaria é contra a cidadania".

O Observatório da Imprensa na TV de terça-feira (18/10) foi dedicado a esse tema. Debateram Alberto Dines, Ziraldo, Guilherme Fiúza e Gilberto Maringoni.