O site Digg
Desde abril está circulando na internet um código de 32 letras e números que rompe o bloqueio criado pelas gravadoras de DVDs, para impedir a copia ilegal de filmes e músicas.
Mas o assunto só virou notícia de jornal depois que os responsáveis pelo Digg resolveram eliminar os comentários e sugestões em torno do código, o que provocou uma revolta de centenas de usuários, que em represália transformaram a divulgação do número secreto numa questão de honra.
Milhares de cópias do código foram espalhadas pela Web num aberto desafio às leis de direitos autorais defendidas pelas grandes empresas cinematográficas e gravadoras musicais norte-americanas.
O resultado é que da noite para o dia, elas ficaram vulneráveis à pirataria e milhões de dólares gastos na tentativa de proteger direitos autorais, viraram fumaça.
Kevin Rose, o fundador do bem sucedido Digg, censurou os comentários procurando evitar um processo judicial contra o site. Mas depois de dois dias de pressão dos usuários, ele acabou jogando a toalha e deixou que os internautas decidissem o que seria publicado ou não, seguindo a proposta original do site, considerado um dos paradigmas da Web 2.0 ou web social, onde o público tem tem a última palavra na definição dos conteúdos.
A rebelião na blogosfera foi noticiada por quase todos os grandes jornais americanos porque acionou imediatamente as sirenes de alarme das empresas que dependem do pagamento de direitos autorais, como a Microsoft.
Trouxe também para as primeiras páginas o debate sobre o alcance e os limites da democracia online, um apanágio da Web 2.0 e base de uma série de prósperos empreendimentos online como a Wikipédia .