O seu prenome é Luiz, e o sobrenome, Silva. Tem 60 anos e vive desde 1968 em São Paulo. É nordestino, mas não de Garanhuns. Veio de Barbalha, a 6 léguas, como diz, do pé da Serra do Araripe, no Ceará, a 900 quilômetros de Fortaleza.
Taxista, vira-se para o passageiro, mal ele entrou e deu o endereço para onde queria ser levado, e pergunta, direto: “Ouviu o Duda Mendonça?”
Nem espera a resposta. “Caiu a máscara”, define.
Alguns segundos de silêncio depois, e Luiz não se contém: “Diga uma coisa, doutor, como é o senhor acha que ele põe a cabeça no travesseiro de noite?”
“Ele” não é propriamente o Duda Mendonça.