Duas entrevistas, com quem sabe das coisas, devem injetar uma fundamentada dose de otimismo em quem as tiver lido.
Ontem, no Estado, o sociólogo, economista e ex-presidente do IBGE,Simon Schwartzman, saudou o que chamou de cerco ao nepotismo no serviço público, iniciado com a decisão do Supremo mandando demitir a parentela nomeada por juízes, desembargadores e ministros nos tribunais do país.
“A decisão do STF mostra que a sociedade está mais atenta. E, na medida em que está mais atenta, esse tipo de comportamento vai perdendo espaço”, disse Schwartzman.
Hoje, na Folha, a cientista política especializada em Judiciário, Maria Tereza Sadek, da USP, chama a atenção para outro ângulo positivo: a decisão do Supremo, além de tudo, reforçou o Conselho Nacional de Justiça, do qual partira a iniciativa legal para as demissões. Para ela, foi “um ato de coragem”.
Olhando o retrospecto, Teka, como a chamam os colegas, pergunta: “Quando você imaginaria um percentual tão alto da magistratura fazendo críticas ao seu próprio desempenho?”
Boas leituras para virar o domingo e encarar uma segundona com outro astral.
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