Qualquer governo com a cabeça no lugar já teria demitido o chefe das polícias civil e militar paulistas, secretário da Segurança Saulo de Castro.
Ao despreparo, visível a olho nu em cada sua aparição na TV já no primeiro ataque terrorista do crime organizado em São Paulo, a 12 de maio, ele acrescentou uma explicação estapafúrdia para a origem da segunda onda de atentados.
Ele os atribuiu à publicação, na Folha de ontem, de uma “lista falsa” dos 40 presos que seriam transferidos para a ainda não habitada penitenciária federal de Catanduvas, no Paraná.
A lista pode ser verdadeira ou falsa. A Folha informa que ela foi confirmada por “três autoridades”. Falsa, com certeza, é a versão do secretário. Pela razão elementar de que os ataques começaram às 22h30 de terça-feira, antes de o jornal do dia seguinte circular.
Mas no governo Lembo é assim: vai embora quem presta, como o secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa. Os outros ficam. E a segurança que se dane.
***
Os comentários serão selecionados para publicação. Serão desconsideradas as mensagens ofensivas, anônimas, que contenham termos de baixo calão, incitem à violência e aquelas cujos autores não possam ser contatados por terem fornecido e-mails falsos.