Após a morte de Lulu da Rocinha, em abril de 2004, o tráfico local passou a ser disputado, segundo a polícia do Rio de Janeiro, por Erismar Rodrigues Moreira, vulgo Bem-Te-Vi, e Eduíno Eustáquio de Araújo Filho, vulgo Dudu. Dudu foi preso na virada do ano e Bem-Te-Vi, sempre segundo a polícia, passou a reinar. O noticiário o mostrou envolvido em vários conflitos com bandidos da vizinha favela do Vidigal e, em agosto, jogadores de futebol e um cantor foram depor devido a acusações de ligações com o chefe do tráfico. A iniciativa foi da polícia. Um fenômeno que a imprensa carioca não aborda são as razões que impedem a polícia de prender o bandido. Serão razões técnicas, operacionais? Embora a prisão de um indivíduo não vá resolver os problemas, não deixa de ser intrigante que ele permaneça por tanto tempo no topo da lista de procurados da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio. A mídia não encontra explicação para o estranho fenômeno.
Enquanto isso, Ancelmo Gois noticia hoje no Globo:
“No depoimento do escrivão Fábio Marot Kahir, envolvido no roubo de R$ 2 milhões da sede da PF no Rio, o policial contou que, só num caso, em 2004, um grupo de agentes vendeu cocaína a traficantes da Vila Vintém por R$ 200 mil. Kahir, que confessou sua participação no crime, levou R$ 30 mil.”