A imprensa brasileira divulga sem examinar com cuidado a proposta de um conjunto de países, entre os quais o Brasil, de fazer com que os Estados Unidos abram mão de controlar a internet. Antes que essa discussão se transforme em Fla-Flu, é preciso deixar bem claros alguns pontos.
Primeiro, a internet é uma criação americana. Foi feita com tecnologia e dinheiro americanos e aberta aos outros países. Nos nomes de sites americanos não existe a terminação “us”, de United States, simplesmente porque no início ela só existia lá. Ninguém nem sequer pensou em acrescentar uma terminação nacional. A questão não se colocava.
Segundo, o modelo aberto americano que estrutura a rede funcionou muito bem. Até para os mais ferozes e desprezíveis inimigos dos Estados Unidos.
Terceiro, entre os países que questionam o controle americano estão China e Cuba, onde a internet é ferozmente censurada. Virão deles diretivas sábias e democráticas para organizar a rede?