O “Estadão-ão-ão” candidata-se a rei da propaganda obtusa nesta temporada. No final da década de 1960, caiu na Bulgária soviética um avião com oito generais. O governo negou o fato. Disse que não tinha acontecido nada. E o jornal francês Le Monde passou anos sem perdoar o regime búlgaro. Nunca mencionava apenas o nome do país, sempre com o complemento: “A Bulgária, país onde não acontece nada…”. Bem que se poderia acompanhar o Alberto Dines e insistir no “Estadão-ão-ão”. Pelo menos enquanto durasse a patética campanha publicitária.