O traquejo político de Fidel Castro lhe dá grande desembaraço, sobretudo porque mede forças com pixotes. Hoje a manchete do Granma, órgão oficial do Comitê Central do Partido Comunista de Cuba (http://www.granma.cubaweb.cu ), em duas linhas, como quase sempre, é: ‘Lista para partir a Estados Unidos la brigada médica Henry Reeve‘. Reeve foi um americano que morreu em combate contra a Espanha pela independência de Cuba em 1876.
Em julho, passou por Cuba o furacão Dennis. Foram evacuadas 1,5 milhão de pessoas e houve 16 mortes. Qualquer pessoa que tenha ido a Cuba sabe como é precária a situação dos transportes no país.
No livro Provas de Contato, o dissidente cubano Raúl Rivero, hoje exilado na Espanha, fala de grafites que recobrem o monumento aos presidentes constitucionais do país, no ponto mais alto do bairro El Vedado (a crônica se chama As Pedras da Verdade). E começa com uma pichação que soa irônica, nos dias de hoje:
‘As inundações não surgem porque o rio transborda, mas porque o país afunda’.
Fidel está deitando e rolando na mídia (Hugo Chávez também). E amplia sua audiência. Deu no Miami Herald: a programação da televisão estatal cubana já pode ser vista por mais 18 milhões de pessoas fora da Ilha. A audiência da Cubavisión Internacional mais do que dobrou desde o ano passado.