De Alzira Alves de Abreu, em A modernização da imprensa (1970-2000), página 25:
‘Foi durante o governo Geisel que se tornou comum a divulgação na imprensa de informações transmitidas por pessoas que ocupavam o centro do poder, como o general Golbery do Couto e Silva ou o ministro da Justiça Armando Falcão, que não podiam ser citados como fontes. Eram as chamadas informações privilegiadas, fornecidas off-the-record, ou seja, longe do gravador, ou extra-oficialmente. Essa forma de obter e divulgar informações permanece até hoje [2002] e transformou-se em rotina. Dificilmente o jornalista cita suas fontes. Dar notícias obtidas ´em off´ significa não responsabilizar a fonte pela notícia. Por outro lado, o informante cuja identidade é mantida em sigilo também pode usar o jornalista com intenções políticas ou econômicas. Ainda assim, muitos jornalistas consideram o ´off´ um excelente meio de obter informação, em geral uma notícia ´quente´, que de outro modo não seria revelada pelo informante‘.