Quando quiseram levar ao plenário da Câmara a discussão das cotas nas universidades, o líder do governo, deputado Henrique Fontana, do PT gaúcho, reagiu: é uma questão gravíssima, trata-se de reparar uma injustiça social, quanto antes, melhor. Felizmente, não colou. Afobado come cru.
Agora, o assessor presidencial Marco Aurélio Garcia sugere uma fórmula de assembléia estudantil de tempos idos e vividos (desconsiderar votos em branco e nulos) para proclamar a vitória do candidato René Préval no Haiti.
Tempos atrás, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sugeriu que tudo ficaria bem se o presidente Lula anunciasse à nação que não desejava concorrer à reeleição. Só isso…
Em fevereiro de 2005, o PSDB preferiu colocar fogo no circo deixando rolar a vitória de Severino Cavalcanti para a presidência da Câmara.
O presidente do STF, ministro Nelson Jobim, pretende se equilibrar na posição de magistrado e parte interessada. Como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Fitas com gravações (Veja, Correios), oferecimento para entrevistas (Folha, Roberto Jefferson), listas esquisitas (Nilton Monteiro e/ou Dimas Toledo, Furnas) são recebidas alegremente pela mídia.
O velho golpismo da política brasileira continua vivo. Mas a sociedade se democratizou. O desmascaramento vem mais rápido. Se a mídia estiver atenta. Mas quando ela é parte do problema fica mais difícil.