Um recente artigo do colunista de assuntos americanos da revista londrina The Economist, que assina com o pseudônimo Lexington, sobre a possível candidatura de Al Gore na eleição presidencial americana do ano que vem, critica-o por ele celebrar a internet como o espaço onde voltará a respirar o debate público nos Estados Unidos, asfixiado pela televisão.
Comentário devastador do colunista: ‘Uns poucos minutos online, lendo os fanáticos da direita e da esquerda, deveriam ter sido suficientes para explodir tal ilusão.’
Vale para Brasil.
P.S. 1
O senador Aloizio Mercadante aparece no noticiário deste domingo dizendo que a moção de censura aprovada pelo Senado contra a não renovação da concessão da emissora venezuelana RCTV tem a legitimá-la outra moção, essa de sua autoria e igualmente aprovada, repudiando a tentativa de golpe contra Hugo Chávez em abril de 2002.
Por esse critério mais do que razoável, dos principais órgãos brasileiros de mídia que hoje condenam o ato do presidente – que a meu ver, como na célebre frase de Tayllerand, ‘é pior do que um crime, é um erro’ – apenas a Folha teria moral para fazê-lo, pelo editorial com que à época condenou enfaticamente o desastrado putsch.
P.S. 2
Será que eles não se tocam? Hoje, nos títulos da chamada na primeira página e da matéria propriamente dita, o Estado afirma que o compadre de Lula, Dario Morelli Filho, ‘foi’ avisado de que estava na mira da Operação Xeque-Mate da Polícia Federal. Mas nos dois textos o que o incauto leitor encontrará é que Dario ‘pode ter sido’ informado.
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