A Veja perdeu uma parada na Justiça – e não foi para o governo Lula ou para algum petista.
O Estado informa hoje, citando o site Consultor Jurídico, que a quarta turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a revista na ação aberta contra ela pelo então secretário-geral do Planalto no governo Fernando Henrique, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Se a decisão for mantida em instância superior, a Veja terá de pagar a Eduardo Jorge R$ 50 mil por danos morais e publicar a sentença na íntegra.
Entre 1999 e 2001 a revista publicou reportagens em nove edições associando o secretário ao juiz Nicolau dos Santos Neto e ao senador Luiz Estevão, envolvidos no escândalo do Fórum Trabalhista de São Paulo.
O tribunal brasiliense concluiu que a associação não foi comprovada.
Além de acusar sem provas, avaliaram os desembargadores, Veja cometeu ‘excessos de linguagem’.
A tese vencedora é a de que a imprensa é livre para informar, mas não para desrespeitar a intimidade, a honra e a vida privada das pessoas. Uma coisa e outra são garantias constitucionais.
Eduardo Jorge se considerou vítima de uma campanha ‘truculenta e desmedida’.
Soa familiar, pois não?
É. Já vimos este filme – depois.
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