O jornalista Lourival Sant`Anna, atacado em reportagem do Jornal do Brasil de domingo (15/1), enviou ao jornal, no dia seguinte, a seguinte carta, que não foi publicada:
‘Em atenção aos leitores do Jornal do Brasil, peço a gentileza de publicar esta carta.
A propósito dos textos publicados nas páginas 4 e 5 da edição de domingo, 15/1/2006, gostaria de informar o que segue. A morte da jornalista Sandra Gomide chocou e enlutou a todos nós, do Estado. Quando o crime ocorreu, em 20/8/2000, eu estava nos Estados Unidos, em férias. Portanto, não participei das edições que noticiaram o fato, embora as considere exemplo de correção e sobriedade num momento tão difícil. Nunca tive indício do que estava por vir. Em cinco anos e meio de um caso que mereceu muitas reportagens, é a primeira vez que se tenta vincular meu nome a ele. Não fui sequer arrolado como testemunha, fosse da acusação ou da defesa. Nunca fui a festa alguma da jornalista Márcia Raposo, que, aliás, não conheço. Desde a época do assassinato, nunca mais tive contato com o jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves. Não faço idéia de quem seja o autor do citado dossiê apócrifo sobre Nelson Tanure, que não serviu de base para minha reportagem a respeito do empresário. Finalmente, o Estado não confunde reportagem com supostos interesses comerciais da empresa que o edita.’