O programa de rádio do Observatório da Imprensa é gravado em São Paulo pouco depois das oito da manhã e enviado pela internet para a Rádio Cultura FM. Exemplares dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e Gazeta Mercantil não são entregues em tempo útil para preparar o programa. São consultados nas versões online. Hoje, até quase oito da manhã, o Jornal do Brasil exibia na internet a edição de ontem. Por isso não foi possível saber que nova ofensiva contra o repórter Lourival Sant´Anna, do Estado de S. Paulo, havia sido desfechada no JB, na página 6, sob o título “Um livro em seis horas” (“Investigado por falsificação de dossiê, Lourival Sant´Anna escreveu livro sobre guerra no Afeganistão sem passar um dia no país”), e mencionar isso no áudio que foi ao ar às nove da manhã pela Rádio Cultura FM de São Paulo.
O áudio que será ouvido no Rio de Janeiro às 10h00 e às 10h05, nas rádios MEC AM e FM, contém uma frase, acrescentada há pouco, a respeito desse novo material de combate providenciado por Nelson Tanure, controlador do JB e da Gazeta Mercantil. O assunto foi tratado no Observatório da Imprensa no Rádio de hoje.
Ontem, o Observatório procurou o presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Fred Ghedini, citado no material do JB de domingo. Ghedini não tinha lido as reportagens e ficou de se manifestar posteriormente. Lourival Sant´Anna não pôde atender uma ligação. Um recado lhe foi transmitido. Espera-se que fale hoje ao Observatório.
Estamos diante de um caso quase pornográfico de jornalismo de achincalhe. Diogo Mainardi iniciou a temporada na Veja (ver “Quais as semelhanças entre Kucinski e Mainardi” e tópicos anteriores) e parece ter inspirado Nelson Tanure.
(Leia também ‘ABI condena campanha do JB‘.)