O jornalista Luís Nassif, com a costumeira propriedade, trouxe a público recentemente, como reportagem paralela à crise, um texto que explica como é fácil tornar-se empresário offshore no Brasil. As ilhas do Caribe são as preferidas das empresas e entidades financeiras nacionais de todos os portes – do Bradesco à Petrobras e à Dusseldorf, de Duda Mendonça. Sem sair do escritório ou a duas de vôo de Belém, por exemplo, é possível apinhar-se nos endereços oferecidos, em condição semelhante às centenas de empresas de serviço que pagam aluguel para constar em cidades que cercam as metrópoles brasileiras. A Ilha da Madeira é outro ponto costumeiro, pois oferece a vantagem – relativa – do idioma e proximidade à Europa. Em todos, o único ponto em comum é que a tarifa bancária para o procurement é sempre salgada e varia de acordo com o volume e a origem do dinheiro movimentado.