Do presidenciável tucano Geraldo Alckmin, no Estado de hoje:
”A cobertura da eleição presidencial no Brasil é fofoca, intriga, não tem substância e conteúdo.”
É mesmo – mas peraí.
1.
O PSDB em campanha pelo Planalto é um ninho de fofoca e intriga, cujos autores usam a imprensa para fofocar e intrigar. Antes e depois da escolha do candidato. Antes, por causa da disputa entre Alckmin e Serra. Depois, porque o escolhido, como diz o noticiário com base nas pesquisas, “não decola”. Em casa onde não tem pão…
2.
A candidatura Alckmin ainda não demonstrou nem substância, nem conteúdo. Onze em cada dez comentaristas políticos, entre eles alguns que arrastam a asa para o PSDB, criticam isso, quando falam da campanha tucana, um dia sim, o outro também.
Resumo da ópera: Geraldo Alckmin acaba de se juntar à legião de políticos de todas as cores que jogam pedra na Geni, a mídia, quando as coisas vão mal.
Ou como disse semanas atrás o presidente Lula, sem se dar conta, talvez, de que fazia uma autocrítica:
”Houve algum momento na história do Brasil ou do mundo em que a imprensa, quando as coisas não estão boas, deixasse de ser vilã? Eu penso que todos nós temos a simplicidade de tentar encontrar o culpado por uma coisa que aconteceu que nós não gostaríamos que acontecesse. E eu digo sempre o seguinte: ao invés de a gente ficar procurando um culpado fora do nosso meio, quem sabe é melhor a gente olhar se não está dentro de nós mesmos.‘
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