A Época e a política andam se estranhando. Na edição de 13 de fevereiro a revista colocou na capa a resistência do presidente Lula à crise de corrupção no governo. Em março, deixou-se usar numa manobra do então ministro Antonio Palocci – com a ajuda, reforça a Veja desta semana, do ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos – para tentar desacreditar o caseiro testemunha de sua passagem pela mansão do lobby de Ribeirão Preto em Brasília. Época circulou no sábado passado arriscando-se a colocar novamente Lula na capa, agora com sinal trocado, com a pergunta: “Será que ele agüenta?” E no dia seguinte o Datafolha mostra que Lula ainda é favorito em pesquisa de opinião.
A própria reportagem da Época não é muito categórica. Diz que “no Planalto já se admite que a disputa com Alckmin vai ser bem mais dura do que se imaginava antes do caso Palocci”.
Será que ele agüenta o quê? A crise de corrupção? A campanha eleitoral?