O punhado de artigos de autores estrangeiros sobre a tragédia libanesa e as suas implicações, que a imprensa brasileira publica em paralelo com o noticiário do dia, é uma gota de água no oceano de comentários à disposição dos internautas do mundo inteiro.
As edições on line da mídia impressa, somadas à infinidade de sites e blogs já existentes – e aos que surgiram nos últimos 10 dias em razão do novo surto de barbárie no Oriente Médio – representam uma oportunidade que vem sendo aproveitada aos potes para a manifestação de opiniões fundamentadas que atendem a quase todos os gostos.
Os sites das TVs estrangeiras também batem recordes de audiência. Num dia da semana passada, o da Al-Jazira – em árabe e inglês – contou 6 milhões de acessos.
As edições eletrônicas dos jornais brasileiros já deviam ter criado fóruns onde o leitor não fluente em outros idiomas poderia encontrar, traduzidas, interpretações de boa qualidade sobre a carnificina que hoje entra no seu 12º dia.
Não é difícil, muito menos custa os olhos da cara prestar esse serviço aos brasileiros interessados em entender o que pode estar por trás da catástrofe e para onde ela tende a levar a região mais explosiva do mundo.
A propósito, o Estado dá hoje com destaque uma estarrecedora declaração do primeiro-ministro israelense Ehud Olmert:
”Não estamos em guerra com o povo libanês e não temos nenhuma intenção de prejudicar sua qualidade de vida.”
Já imaginou se estivessem e tivessem?
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Os comentários serão selecionados para publicação. Serão desconsideradas as mensagens ofensivas, anônimas, que contenham termos de baixo calão, incitem à violência e aquelas cujos autores não possam ser contatados por terem fornecido e-mails falsos.