Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Pedagogia da crise

O professor Eduardo Giannetti, do IBMEC São Paulo, preferiu apontar as oportunidades do agronegócio brasileiro, em vez de ameaças, durante a sua palestra no 5° Congresso Brasileiro de Agribusiness, terça-feira última, em São Paulo. Para ele, o Brasil apresenta duas grandes vantagens nesta área:


1- Produtos para atender a fantástica diversificação do mercado externo;


2- Domínio da tecnologia para integração lavoura-pecuária. Com a utilização de pastagens degradadas para a produção de culturas como soja e milho, evita-se a ocupação de matas.


Pedagogia da crise


Ao comentar a crise agrícola, o professor Giannetti destacou mais o seu efeito pedagógico. “Ela mais uma vez mostra a necessidade de o setor investir numa gestão competente, visando preservar a sua rentabilidade mesmo em momentos difíceis.


Combustível da transição


Sobre o futuro da agronergia, Giannetti é cauteloso. “Etanol e biodiesel não são a solução para substituir o petróleo. Terão sim, um papel de transição na busca de novas tecnologias. A crescente demanda por alimentos não permitirá a alocação de terras para se produzir combustível”, disse o professor.


Missão impossível?


Já quem assistiu à palestra de Pedro Parente, ex-ministro do Planejamento no governo FHC, ficou com vontade de sair da Sala de Convenções do WTC direto para o Aeroporto de Cumbica. O tema de Parente foi “Como o Brasil Pode Crescer Mais?”.


Segundo os cálculos do ex-ministro, para alcançar o nível do PIB per capita que a Coréia do Sul tem hoje  (cerca de US$ 22 mil), o Brasil precisaria crescer 10% ao ano durante cerca de dez anos. Parente diz que não costuma fazer previsões. “As minhas projeções tem como base as estimativas do mercado”.