O jornal inglês The Guardian e o telejornal SkyNews estão nos dois extremos da lista de 25 veículos pesquisados pelo Centro Internacional para Mídia e Agenda Pública (ICMPA) Escola de Jornalismo Phillip Merrill, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
O The Guardian obteve 4,8 pontos numa escala de cinco enquanto o Skynews ficou com míseros 0,4 pontos, o pior desempenho de todos os veículos pesquisados.
O estudo ganhou relevância mundial não apenas pelas suas conclusões e sua metodologia, mas principalmente porque é uma das primeiras iniciativas de trazer a questão da transparência para a agenda de discussões sobre a imprensa.
É um tema-chave para que os leitores logrem contextualizar as informações publicadas através da identificação de interesses e políticas editoriais seguidas pelas empresas jornalísticas.
A pesquisa do ICMPA utilizou cinco parâmetros para avaliar a transparência nos principais jornais, revistas e emissoras de TV dos Estados Unidos e da Inglaterra: correção de erros, propriedade, políticas de pessoal, políticas editoriais e interatividade com leitores.
Os resultados seriam ainda mais reveladores se tivessem incluído também itens como: dívidas com governos e bancos, dependência de anunciantes públicos e privados e vínculos com outras empresas, só para citar alguns mais reveladores.
Mas mesmo assim o estudo norte-americano mostrou, por exemplo, que apenas 8 dos 25 veículos pesquisados têm uma política clara de admitir erros em informações publicadas. Só em cinco deles é possível identificar facilmente quais são as normas que adotam em matéria de administração de pessoal nas redações.
O item propriedade foi onde os veículos pesquisados obtiveram as melhores notas, o que não chega a ser uma grande conquista, porque a lei norte-americana é muito severa no que se refere à identificação dos principais acionistas e controladores.