Finalmente a Folha resolveu esclarecer aquela questão que tratei nesta coluna sobre a qualidade do ar nas grandes cidades (Um pouco mais de ar na imprensa – 3 nov 2006). Reportagem de Thiago Guimarães, na edição desta quinta-feira (09/11/2006), trata dos novos limites da OMS para a poluição atmosférica. Para resumir a história: aqueles ‘relógios’ da Cetesb instalados em vários pontos de São Paulo, que indicam a qualidade do ar das regiões (boa, inadequada, razoável, má etc), já não servem como referência. O ar que você está respirando em São Paulo pode estar bem pior do indicado pela Cetesb. É que a OMS (Organização Mundial da Saúde) aprovou em outubro novos padrões para a poluição do ar, que ainda não foram adotados pela Cetesb. O médico patologista da USP Paulo Saldiva, especialista no assunto, disse à Folha que pelos novos índices da OMS as oito capitais do país que medem a poluição do ar seriam reprovadas nas concentrações de MP 10 (material particulado) e ozônio. Segundo a Folha, o Conselho Nacional do Meio Ambiente ainda está analisando a possibilidade de alterar os limites de poluição no Brasil. Só não sabe quando isto vai acontecer. Ou seja: quando o relógio da Cetesb marcar ‘inadequada’, fuja imediatamente de São Paulo. Quando a qualidade do ar estiver ‘má’, interne-se no hospital mais próximo.