Monday, 25 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Revista saúda 10 anos do OI

A revista Negócios da Comunicação, da Editora Segmento, fez em sua mais recente edição (Ano IV, número 19) uma reportagem (“O xerife da mídia completa dez anos”) em que mostra o Observatório da Imprensa como veículo apto a ampliar sua lista de patrocinadores. Tecnicamente, esse patrocínio se chama apoio.


Como o OI não depende de governos, nem de partidos, nem de sindicatos, precisa de apoio institucional. Não imagine o leitor que essa seja uma preocupação secundária da equipe que o produz, em suas diferentes modalidades: internet, televisão e rádio. É busca constante. Sem recursos, como realizar reportagens, investigações, pesquisas, como remunerar colaboradores fixos?


Hoje só o site, hospedado no portal do iG – que também remunera o OI –, tem apoiadores. Por ordem de antigüidade, aparecem nele as marcas da Embraer, da Odebrecht, da Fundação Ford, da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e da Fiat. A bolsa da Fundação Ford envolve também as atividades do rádio, que são parcialmente remuneradas pela Rádio Cultura FM de São Paulo.


Os apoiadores do Observatório têm altos méritos. Primeiro, ajudam uma atividade que nem sempre é bem recebida veículos de comunicação, políticos, poderes. Segundo, jamais nenhum deles externou qualquer observação a respeito do conteúdo do OI. Claro, não ia adiantar, porque o Observatório é totalmente independente. Mas sabe-se como são as coisas no Brasil. E não só no Brasil, diga-se de passagem. Pelo mundo afora as instituições, ou as pessoas que as representam, gostam de ler opiniões simpáticas, não críticas livres.


No fim das contas, é um benefício para as empresas que apóiam o Observatório. A melhor explicação é dada por Alberto Dines na reportagem da Negócios da Comunicação: “Somos um veículo jornalístico que faz a crítica do jornalismo. Mas a sociedade é a legítima debatedora da mídia, porque a mídia é feita para ela”. Ou seja, quem compreende a relevância dessa tarefa e colabora para promovê-la ganha pontos junto ao distinto público leitor destas páginas – por sinal, um público exigente e influente.


Entre os responsáveis pelo apoio de empresas, a revista ouviu Márcio Polidoro, diretor de Comunicação Empresarial da Odebrecht, e Marco Antonio Lage, diretor de Comunicação Corporativa da Fiat. Polidoro disse: “Apoiamos essa iniciativa para o bem da sociedade e da imprensa brasileira e, se pudéssemos, ampliaríamos essa parceria”. Lage declarou que a Fiat quer reforçar junto ao mercado a imagem de empresa ousada, “que tem o hábito de provocar a reflexão daqueles que estão próximos a ela”.


Cláudia Brütt, gerente de Marketing da TVE Brasil, que produz o programa de televisão do Observatório da Imprensa, está convencida de que em breve fechará um patrocínio. Seu argumento: “A empresa patrocinadora de um programa como o Observatório da Imprensa ganha em confiabilidade e em participação social, colaborando na construção de uma sociedade mais crítica”.


A reportagem pode ser lida integralmente aqui.