Vale a pena ler comentário a respeito da transposição das águas do São Francisco enviado pelo leitor Paulo Couto Teixeira. Destaco uma passagem:
“(….) Doce ilusão imaginar que estes recursos agora chegarão aos pobres. É só ver quem se beneficiou com os projetos de irrigação da Codevasf e do Denocs, no São Francisco, e tantos outros, construídos com o suado dinheirinho dos impostos e que acabaram por ser apropriados pelos grandes grupos. Realmente, o projeto do Dr. Ciro Gomes é de encher os olhos. Pra inglês nenhum botar defeito. Os números são de fato impressionantes, e a epopéia de levar água assim de um lugar para o outro tão distante é muito sedutora. Principalmente se vem enfeitada com temperos sociais. Os responsáveis afirmam que o discutiram à exaustão com todo mundo. Mas aparentemente esqueceram os especialistas em análise governamental de projetos (se é que eles existem ainda, coisas de dinossauro…), aptos a medirem o custo-benefício dentro da boa técnica, ou seja, levando em conta o uso alternativo dos recursos dentro das finalidades propostas (‘custo de oportunidade’). Para eles importa o bom aproveitamento dos recursos públicos escassos, numa alternativa de apropriação que, atendendo os objetivos econômicos e sociais, possibilite disponibilizar o máximo de meios para as demais finalidades sociais”.
Ele já o havia publicado no endereço abaixo:
http://empaz.org/outros/editoriais/ed_cabras_pe_lyra.htm