Tuesday, 26 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Tapete vermelho para o álcool

Só falta o limão. O álcool já enebriou a imprensa toda. Às vespéras da visita de Bush ao Brasil, Os jornalões paulistas de São Paulo dedicaram suas manchetes ao etanol neste domingo. ‘Brasil e EUA vão usar álcool como moeda de troca’, anunciou a Folha. O Estadão continou na linha da ‘Arábia Saudita’do etanol, inaugurada na manchete do domingo anterior (28 fev). ‘Brasil terá uma nova usina de álcool por mês até 2012’, disse o Estadão.


O etanol também foi tema de editoriais, artigos e entrevistas. Na página 3 da Folha, o embaixador dos EUA Clifford M. Sobel esticou o tapete vermelho para Bush, que chega quinta-feira a São Paulo. Sobel qualificou o etanol de democratizante. ‘Não precisamos ficar sob a influência de países que causam impacto distorcido no mundo. Podemos criar na próxima geração, fontes alternativas de combustíveis não apenas vantajosas para todos mas também mais democratizantes no quadro energético mundial.´´


O embaixador americano antecipou o tom da visita. O interesse de Bush pelo álcool é mais político do que ecológico. O Estadão entevistou o megaempreendedor Vinod Khosla. ‘Precisamos desesperadamente de diversidade de combustíveis’, disse.


Veja não deu capa, mas abriu seis páginas ao etanol. E foi bem mais didática do que os jornais. Em infográfico comparou a eficiência entre o etanol brasileiro da cana e o álcool de milho americano.


A Folha voltou ao tema nesta segunda, com editorial que reclama das medidas protecionistas da agricultura norte-americana, inclusive para o álcool. E na coluna Toda Mídia, Nelson de Sá mostra que a febre do álcool não atinge apenas a imprensa brasileira. Etanol e Bush ocuparam as páginas do New York Times, Le Monde, Financial Times e Miami Herald. Haja caipirinha!