A imprensa fala tanto de soja, de cana (álcool e açúcar) e de café, que faz tempo que não vejo uma boa matéria sobre feijão, alimento básico na dieta do brasileiro. Ou seja, os cadernos de economia só se preocupam com as turbulências do mercado financeiro e esquecem de fazer também o “feijão com arroz’’.
Aposto que poucos jornalistas sabem que, de 1975 para cá, o consumo per capita de feijão no Brasil caiu quase 12%. De 18,5 quilos por ano para 16,3 quilos. Algumas causas apontadas pelos pesquisadores são o êxodo rural e a mudança de hábitos alimentares. Diante do tempo de preparo na panela de pressão, o feijão, nestes tempos de fast food, passou a ser considerado um produto de pouca praticidade.
Outro dado curioso. O Brasil planta cerca de 4 milhões de hectares e produz em torno de 3 milhões de toneladas de feijão por safra. É o maior produtor mundial do grão. Mas ainda temos que importar 100 mil toneladas todos os anos para atender a demanda.
Aqui vai então uma dica para os pauteiros da economia. Feijão vai ser o principal prato de uma reunião que será realizada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), dias 11 e 12 de julho, em Londrina (PR). Vale a pena cobrir.