Um acordo de cessão de direitos do programa Sesame Street para o canal de Tv a cabo HBO agravou a discussão entre liberais e conservadores nos Estados Unidos sobre a privatização da PBS (Public Broadcasting System), a rede de televisão pública mais importante do país.
O tema da privatização ganhou força com o início da campanha para as eleições presidenciais do ano que vem e o alvo principal são os programas jornalísticos da PBS. A defesa do status atual da emissora pública (não é estatal) mereceu um artigo na revista The Nation , onde os autores afirmam que o jornalismo não pode ser totalmente dominado pelos interesses do mercado que influem na agenda das redes comerciais.
Os setores conservadores norte-americanos afirmam que a imprensa não pode fugir aos condicionamentos do mercado, que é quem deveria influir na agenda noticiosa de jornais, revistas, telejornais, emissoras de rádio e páginas noticiosas na Web. Eles condenam também o financiamento parcial da PBS pelo governo norte-americano.
Mais detalhes no texto No We Shoudn’t Privatize PBS, do qual reproduzimos os três parágrafos iniciais:
Sesame Street has struck a deal with HBO. In exchange for enough increased funding to double its production run, Sesame Street will put all of its new episodes behind HBO’s paywall for the first nine months after they premiere. The funds from HBO will also finance a Sesame spin-off series, available on both PBS and HBO.
This is great news for Sesame Workshop, the company that produces Sesame Street, and for the millions of children who watch and learn from the show. It is also good financial news for PBS member stations in America, who, under the terms of the new deal, will no longer have to pay a fee to broadcast Sesame Street to their viewers.
But this is not an occasion to proclaim that the rest of PBS should follow suit and rely on public-private partnerships or outright privatization for vital funding. In a recent column for Time magazine, Heritage Foundation President Jim DeMint advocated that all federal money for PBS be cut, citing the HBO deal as an exemplar, and comparing Big Bird to the dodo, which DeMint says deserved extinction because it could not adapt to free-market forces.