Thursday, 21 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Economista vê ameaça em mega corporações digitais

As mega corporações da internet moldam a “liberdade de mercado” de acordo com os seus interesses colocando em risco toda a legislação anti-monopólios nos Estados Unidos. É o que garante o professor e economista norte-americano ,Robert Reich, no livro “Saving Capitalism: For the Many, Not the Few,” a ser lançado em breve.

Para Reich, apesar da explosão no número de páginas publicadas na internet, os visitantes se concentram quase todos em no máximo 10 endereços super frequentados como Google, Facebook, Amazon, Apple, Microsoft, Twitter e YouTube. Para o escritor, isto gera uma concentração de mercado que contraria toda a filosofia da livre concorrência, defendida pelos adeptos o liberalismo econômico.

Robert Reich afirma que é falsa a polarização entre defensores da ação governamental e os adeptos do liberalismo e garante que o Estado precisa organizar e disciplinar o mercado para que a concorrência possa acontecer. Caso contr[ario, a tendência das mega empresas digitais é usar o discurso do livre mercado para negá-lo na prática.

Seguem-se os quatro primeiros parágrafos ( em inglês) do artigo escrito por Robert Reich e publicado pelo jornal The New York Times:

Berkeley, Calif. — CONSERVATIVES and liberals interminably debate the merits of “the free market” versus “the government.” Which one you trust more delineates the main ideological divide in America.

In reality, they aren’t two separate things. There can’t be a market without government. Legislators, agency heads and judges decide the rules of the game. And, over time, they change the rules. The important question, too rarely discussed, is who has the most influence over these decisions and in that way wins the game.

Two centuries ago slaves were among the nation’s most valuable assets, and after the Civil War, perhaps land was. Then factories, machines, railroads and oil transformed America. By the 1920s most working Americans were employees, and the most contested property issue was their freedom to organize into unions.

Now information and ideas are the most valuable forms of property. Most of the cost of producing it goes into discovering it or making the first copy. After that, the additional production cost is often zero. Such “intellectual property” is the key building block of the new economy. Without government decisions over what it is, and who can own it and on what terms, the new economy could not exist.

O texto integral (após cadastramento) pode ser lido em : http://www.nytimes.com/2015/09/20/opinion/is-big-tech-too-powerful-ask-google.html?_r=0