O Greenpeace pôs a boca no trombone e deu ao jornal inglês “The Guardian” uma matéria de mão beijada que deixa o Brasil mal na foto, às vésperas da 21ª Conferência do Clima (COP 21), a ser realizada em dezembro, em Paris, com a participação de 196 países.
A reportagem (30.10.2015) de Jonathan Watts – que ganhou destaque na capa eletrônica do jornal – registra com fotos impressionantes uma notícia que tem sido reportada por parte da mídia nacional, mas sem o alarde necessário. Há dois meses, segundo o jornal, um incêndio de proporções históricas devasta a floresta amazônica no Maranhão, onde fica localizada a reserva indígena dos Araribóias. Cerca de 45% dos seus 413 mil hectares já estão reduzidos às cinzas apesar dos esforços de 250 brigadistas. Cem quilômetros de fogo e fumaça se espalham sobre a floresta e madeireiros ilegais podem estar por trás da catástrofe que afeta 12 mil índios da etnia Guajajara.
Como o esperado, quando o tema é a destruição da floresta amazônica, duas horas após a veiculação da notícia o site do jornal britânico já registrava 617 compartilhamentos e 204 comentários.
Eis os dois parágrafos iniciais da reportagem:
Brazilian rangers, firefighters and indigenous communities are battling against a wildfire that has blazed for two months and devastated some of the last Amazonian forest in the northern state of Maranhão, including part of the territory of an uncontacted tribe.
The fire – which has spread across 100km at its peak – is thought to be the biggest in Indian territory for decades and has prompted the local government to declare a state of emergency.
No link, abaixo, o texto na íntegra:
Vale destacar que quase simultaneamente à reportagem veiculada pelo “The Guardian”, o Ibama informou que o incêndio já fora controlado na semana em curso ( “Incêndio na terra indígena Arariboia é controlado, anuncia Ibama”, no G1, em 30.10.2015).
Seguem os dois parágrafos iniciais:
Os incêndios na Terra Indígena (TI) Arariboia, na região central do Maranhão, foi controlado nesta semana por brigadistas, de acordo com o Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Dos 413 mil hectares de Floresta Amazônica, 220 mil hectares foram consumidos pelo fogo, um total de 53,2% da reserva, segundo o Ibama. No entanto, garante o órgão, a parte mais preservada da TI Arariboia não foi atingida.
A matéria, na íntegra, no link abaixo: