Sunday, 22 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1319

O jornalismo online depende das comunidades de informantes

A diversificação e dinamismo das pautas noticiosas no jornalismo contemporâneo mostram que os repórteres e editores dependem cada vez mais da formação de comunidades integradas por pessoas interessadas nos mesmos assuntos que os profissionais.

O caderninho de endereços já não consegue mais cumprir a sua função porque não só aumentou exponencialmente o número de fontes de informação graças às redes sociais e aplicativos de seleção de notícias, como o jornalista perdeu condições materiais para processar tantos dados, fatos e eventos ao mesmo tempo.

A formação de comunidades de informantes, uma modalidade do chamado jornalismo colaborativo,  permite o processamento mais rápido de noticias, especialmente a checagem de autenticidade e exatidão porque várias pessoas participam do processo, como mostra o texto do site Reported.ly . Além disso , a organização de grupos de pessoas com interesses comuns e preocupadas com a informação pública facilita a criação de laços de confiança e acelera a troca de dados entre ao participantes.

Os principais sites de pesquisa de jornalismo na internet salientam que para sobreviver num ambiente cada vez mais congestionado pelo excesso de informações o jornalista profissional deve criar e desenvolver comunidades de informantes, como mostra o texto publicado na plataforma Medium, do qual reproduzimos dois parágrafos (em inglês):

Good sources have always been the lifeblood of good journalism. And today, sources are available as never before. Jeff Jarvis says the modern journalist’s role should increasingly become that of community organiser. It pays off for both: engaging audiences improves journalism and transforms passive readers into active, contributing members. And membership, he says, “is at the heart of this new journalism economy.”

For reported.ly, this couldn’t ring more true. We take pride when tweets we publish about events in Burundi find their way onto our Burundi Twitter list, the very community we rely upon. The same goes for Yemen, Ecuador, Nepal, the refugee crisis and any emerging story we’ve covered comprehensively. Success for us is when people in those communities update us with new information in real-time — translating statements, correcting us if we’re wrong or contributing in other ways. That engagement allows real-time journalism and public service to flourish”.