Artigo do repórter senior da Folha de São Paulo, Fabiano Maisonnave, mostra como as grandes empresas brasileiras de comunicação estão reduzindo a cobertura em áreas periféricas do país ao mesmo tempo em que prosperam iniciativas independentes de jornalistas, muitos deles demitidos de jornais, revistas e emissoras de rádio ou TV nos últimos três anos.
Entre os principais projetos destacados pela reportagem publicada na revista digital Nieman Reports, estão títulos como Amazonia Real, que cobre questões ambientais, econômicas e sociais da região norte; Brio, especializado em textos mais longos; Ponte, focado em questões de direitos humanos e segurança pública; Jota, questões jurídicas e cobertura do sistema judiciário, Aos Fatos, verificação e checagem de dados e informações; e a agência Pública, que dedicada ao jornalismo investigativo.
Todas estas iniciativas priorizam o desenvolvimento de um jornalismo de qualidade em segmentos específicos da informação ao mesmo tempo em que exploram fontes alternativas de financiamento capazes de garantir sua sustentabilidade a médio e longo prazo.
Reproduzimos a seguir três parágrafos de reportagem publicada na revista editada pelo Nieman Journalism Lab:
…There are endless stories to be told in the Amazon — from climate change to the ongoing loss of indigenous cultures — but fewer and fewer media outlets still have the budgets for the flights, cars, and boats needed to reach and report in such remote areas. It is harder still to find the cash to maintain a permanent presence. In April, Folha de S.Paulo, the most influential newspaper in Brazil, closed its last bureau in the Amazon. (Disclosure: I am a senior reporter at the paper.) Twenty years ago, it had three bureaus in the region. The other main national newspapers, O Globo in Rio de Janeiro and O Estado de S. Paulo, closed their offices in the past few years, as did Veja, the country’s largest weekly newsmagazine.
…Despite this, and the country’s fraught political and economic climate, entrepreneurial Brazilian journalists are striving to revitalize and reinvent the profession. Dozens of journalists are leaving traditional newsrooms and creating new niche media startups online…
…“These organizations are not focused on profit but rather are committed to producing quality journalism and to finding new forms of financing it,” says Natália Viana, one of three female journalists who founded Agência Pública in 2011. “The result is deeper, less hard news-based journalism. It is more personalized and open to experimentation.”
A íntegra do artigo esta em Nieman Reports.