Um relatório da FIJ (Federação Internacional de Jornalistas) divulgado nesta terça-feira [18/1], em Sydney (Austrália), revelou que no ano passado 129 funcionários da área (jornalistas) foram mortos. O destaque ficou por conta da desonrosa quarta posição ocupada pelo Brasil, que registrou seis vítimas fatais.
A FIJ informou que o Iraque foi a nação mais perigosa em 2004, com 19 jornalistas mortos, seguido das Filipinas, onde 13 profissionais da imprensa perderam a vida. A Índia, com sete jornalistas mortos, ocupa a terceira posição na lista de países mais perigosos, à frente do Brasil, Bangladesh (5 casos), México (5), Colômbia (4), Nepal (4), Rússia (3) e Sri Lanka (3).
A Federação informou que 62 profissionais dos meios de comunicação morreram por ações da coalizão dirigida pelos Estados Unidos ou de rebeldes islâmicos desde a invasão do Iraque em 2003.
‘A maioria foi vítima de assassinatos políticos’, declarou o presidente da FIJ, Chris Warren. A organização destaca que o balanço – com 43% a mais de mortos do que no ano anterior – demonstra que os jornalistas são cada vez mais considerados alvos durante seu trabalho na cobertura de conflitos ou investigando a corrupção. ‘Alguns foram assassinados por bandidos ou matadores profissionais, outros foram vítimas do sistema nervoso, da indisciplina ou do mau enquadramento de soldados’, acrescenta.
A maior parte das vítimas era de jornalistas locais que revelaram informações de narcotráfico ou corrupção em seus próprios países. De acordo com a FIJ, a Ásia é a região que menos respeita a liberdade de imprensa.