A organização Repórteres Sem Fronteiras condenou, esta semana, as ameaças que vêm ocorrendo há um mês contra a equipe da sucursal do canal Telesur em Quito, no Equador. Esta não é a primeira vez que a emissora, lançada pelo governo venezuelano, é alvo de hostilidade. ‘A Telesur representa um importante veículo de opinião na América Latina e o modo como está sendo atacada em alguns países viola o princípio de respeito ao pluralismo editorial’, afirmou a RSF. ‘As ameaças já foram comunicadas às autoridades judiciárias do Equador. Pedimos que os responsáveis sejam identificados e levados à justiça’.
O presidente da Telesur, Andrés Izarra, criticou a ‘campanha de ameaças contra a equipe de TV’ em Quito. Segundo ele, a jornalista Helena Rodríguez recebeu ameaças de morte por e-mail. ‘As mensagens a acusam de ‘prostituta do presidente’ venezuelano Hugo Chávez’, informou Izarra. Ameaças semelhantes foram enviadas para outros membros da equipe e alguns carros da emissora foram sabotados.
Combate aos EUA
O jornalista Freddy Muñoz, correspondente da Telesur na Colômbia, foi preso no aeroporto de Bogotá, em dezembro, por funcionários do serviço de inteligência. Muñoz foi acusado de envolvimento em ataques a redes elétricas, que seriam atos de guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e ficou preso até 9/1.
A Telesur foi lançada por Chávez em 2005 como uma tentativa, segundo o governo da Venezuela, de combater o discurso único dos canais dos EUA na América Latina. A emissora é de propriedade conjunta dos governos da Venezuela, Argentina, Uruguai, Cuba e Bolívia. Informações da Repórteres Sem Fronteiras [13/6/07].