Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Convergência midiática

As novas tecnologias a serviço do jornalismo são necessárias e imprescindíveis, mas suscitam debates em torno da substituição do homem pela máquina e assustam os profissionais que estão estabelecidos no mercado. Apesar da aparente novidade, a convergência midiática, no entanto, já acontece há muito tempo. O tema foi debatido na Faculdade Social no último dia 20/04, em Salvador.

O jornal impresso incluiu a fotografia e hoje tem versões para internet e outros suportes. A tecnologia criou a descentralização da produção, ‘pois em tese qualquer pessoa com um celular ou uma câmera de vídeo pode gerar notícias’, disse a jornalista Leila Pinheiro, ‘mas a seleção e publicação precisa ser feita por um profissional habilitado’, completou ela. ‘O desafio para o repórter é criar uma narrativa adequada a cada suporte’, concluiu Leila.

A questão da linguagem

A convivência da TV, do rádio e do jornal em um único suporte, a internet, é um problema a ser resolvido, já que ‘cada suporte tem um formato peculiar’, como afirmou Marcelo Freire, mestrando em Comunicação e Culturas Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. O mercado de trabalho torna-se mais competitivo, pois a tecnologia dá mobilidade e permite multi-funcionalidade aos profissionais da comunicação, na opinião de Fernando Firmino. ‘O repórter passa a trabalhar para ‘marcas’ e não mais para veículos em particular’, opina Fernando, sinalizando para o surgimento de novas funções no jornalismo.

A convergência midiática não é apenas a transposição do formato de um veículo para outro. ‘A questão da linguagem é peculiar em cada suporte’, afirmou Marcelo Freire. ‘A nova função do jornalista é dar sentido ao que publicar na web e criar mecanismos para fidelizar o internauta’, conclui.

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Estudante de Jornalismo, Faculdade Social da Bahia, Salvador, BA