A revista britânica The Economist ganhou um novo suplemento de abordagem comportamental. Intelligent Life (Vida Inteligente), que terá publicação trimestral, não apenas aconselha leitores a como gastar dinheiro com viagens, gastronomia e moda, como também a contribuir com parte de suas riquezas para tornar o mundo um melhor lugar para se viver. Parece contraditório? Para o editor de economia Edward Carr, nem um pouco.
A idéia, diz ele, é justamente tornar a filantropia a última moda entre os ricos. ‘Muitas pessoas querem praticar filantropia hoje, mais do que no passado, e elas precisam de conselhos para fazer isto de maneira sensata’, explica.
Matérias assinadas
A nova abordagem exigiu mudanças na redação da Economist, que produz o conteúdo da Intelligent Life. Ao contrário da revista convencional, que – em busca de uma voz única e coerente – não traz matérias assinadas, a Intelligent Life terá artigos com o nome dos autores. A primeira edição, por exemplo, contará com texto da subeditora Emma Duncan sobre mudanças climáticas, do ex-editor Anthony Gottlieb sobre filosofia e do chefe de redação da sucursal de Nova York, Matthew Bishop, sobre filantropia. A nova revista também investiu pesado no fotojornalismo, para que seja visualmente mais atraente que a Economist. O famoso logo vermelho aparece discretamente na capa.
Para Carr, as duas publicações se complementam: enquanto a Economist mostra aos leitores como ‘agir no espaço público’, a Intelligent Life ‘aborda mais o lado pessoal’. ‘Ambas têm em comum a integridade, a curiosidade e o ecletismo’, avalia o editor. A Intelligent Life será vendida separadamente e tem tiragem prevista de 175 mil cópias na Europa, Oriente Médio e África. Informações de Ian Burrell [The Independent, 3/9/07].