Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Egressos da Cásper Líbero criam entidade

Fui fundado no dia 1º de março, em São Paulo, o Instituto Livre de Jornalismo (Ijor), iniciativa de um grupo de 21 professores que em setembro do ano passado deixaram a Faculdade Cásper Líbero após conflito insanável com a direção da fundação mantenedora. Sidnei Basile, diretor da Editora Abril eleito em assembléia presidente do Conselho Deliberativo do Ijor, disse que os defensores de uma prática correta do jornalismo no Brasil estão diante de dois grandes desafios: a atuação nas empresas de economistas e administradores sem sensibilidade para as critérios profissionais da atividade, e o fato de haver editores que não resistem a uma mercantilização excessiva.


Ele vê oportunidades para a nova instituição em três esferas: realizar cursos, seminários e outros eventos, prestar serviços de qualificação de jornalistas para empresas de mídia, e constituir-se em centro de referência do trabalho jornalístico no Brasil. Basile previu também a colaboração do Ijor com o Observatório da Imprensa, disposição manifestada igualmente pelo diretor-presidente do instituto, Sérgio Rizzo, que terá como companheiros de diretoria Everton Constant e Luís Costa Pereira, diretores-executivos. O Conselho Deliberativo do Ijor será integrado por Domingos Fraga, Eduardo Marini, José Américo Dias, Marcelo Coelho, Marco Antônio Araújo, Mário Vitor Santos, Maurício Stycer, Paulo Nassar, Rosane Batista e Sidnei Basile. O Conselho Fiscal, por Adriana Garcia, Jayme Brenner e Mário Andrada e Silva.


Em discurso na assembléia que elegeu os diretores, Sidnei Basile fez um paralelo entre o que foi conseguido pelos ex-professores da Cásper Líbero desde que viram frustrar-se um trabalho iniciado em 1996, após uma reforma do currículo -
dar vida ao Ijor -, e o quanto o país já conseguiu na institucionalização da democracia, esforço que ainda será longo e intenso. "Mas caminhamos e fizemos muito nos últimos 25 anos, período que é curto em 500 anos de história", avaliou. Basile disse que a liberdade de imprensa "pertence ao leitor, não ao anunciante, nem à autoridade, nem ao dono do veículo, nem sequer ao jornalista".