Thursday, 14 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1314

Jornalista cubano conta experiência na prisão

Foi libertado na semana passada, em Cuba, o jornalista Roberto de Jesús Guerra Pérez, colaborador dos sítios Payolibre e Nueva Prensa Cubana e da Radio Martí, fundada pelos EUA. Pérez foi preso em julho de 2005, quando participava de uma manifestação antigoverno em Havana. Um tribunal municipal o havia condenado recentemente por perturbação da paz e, como ele já havia permanecido preso por dois anos, sua sentença terminaria este mês. O jornalista, com a saúde debilitada por conta das greves de fome em protesto por sua detenção, contou que foi espancado por guardas e submetido a sessões de tortura psicológica. Ele afirmou também que a penitenciária de Valle Grande, onde ficou, tem capacidade máxima para 118 detentos, mas abriga hoje 160 pessoas, muitas das quais dormem no chão. ‘Nossos pensamentos ficam com os outros 25 jornalistas que continuam presos em condições terríveis em penitenciárias cubanas’, afirmou a organização Repórteres Sem Fronteiras [10/5/07] ao noticiar a soltura de Pérez.



Tailândia desiste de processar Google

O governo da Tailândia desistiu de processar o Google depois que a companhia americana prometeu retirar do sítio de compartilhamento de vídeos YouTube clipes considerados ofensivos ao rei Bhumibol Adulyadej. O governo havia bloqueado acesso ao YouTube no país no início de abril, quando o Google – que comprou o sítio no fim de 2006 – se recusou a remover os polêmicos vídeos. As imagens mostravam, entre outras coisas, montagens de pés em cima da cabeça do rei ou sapatos com as solas apontadas a ele – na cultura tailandesa, pés são considerados algo extremamente sujo e ofensivo. ‘Nós decidimos não processar o Google porque ele concordou em cooperar e retirar 12 clipes do sítio YouTube’, afirmou o porta-voz do Ministério da Informação e Tecnologia das Comunicações. ‘Nós temos profundo respeito por sua majestade, o rei Bhumibol Adulyadej’, afirmou o Google em carta ao Ministério. ‘Da mesma forma, respeitamos a lei e a tradição tailandesa e esperamos que possamos chegar a uma solução para a atual controvérsia’. Informações da AP [11/5/07].