Wednesday, 18 de December de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1318

Ombudsman na Paraíba, uma história não contada

Resultado de um pequeno recorte de uma pesquisa de mestrado recém-concluída, este artigo objetiva discorrer sobre a experiência do ombudsman paraibano, ocorrida no jornal Correio da Paraíba no início dos anos 1990. Com isso, pretendemos mostrar que a Paraíba detém o pioneirismo do ombudsman de imprensa entre as regiões Norte e Nordeste, sendo assim, antes do cearense O Povo, que implantou a função no final de 1993.

Recentemente, apresentei um trabalho no I Simpósio de Pesquisa sobre a Mídia Paraibana [http://www.simposiopesquisamidiaparaibana.blogspot.com.br/], evento organizado pelo Observatório da Mídia Paraibana [http://observatoriodamidiaparaibana.blogspot.com.br/] – projeto de ensino, pesquisa e extensão, criado a partir de uma iniciativa estudantil juntamente com pesquisadores de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba e outras instituições. O trabalho, pequena parcela de uma dissertação de mestrado recém-defendida (em março de 2015), na Universidade Federal do Paraná, tinha como tema o ombudsman paraibano.

Nos últimos meses, tive a oportunidade de falar sobre o assunto em alguns momentos, especialmente em eventos acadêmicos do Sul e Sudeste do Brasil. Apesar de o objeto ter sido apresentado em solenidades sobre jornalismo e comunicação, ainda assim, o assunto parecia obnubilado – como descreveu certa vez Wellington Pereira, professor da UFPB. Por isso, esta é mais uma oportunidade de apresentar às comunidades acadêmica, jornalística e aos atentos observadores da imprensa a experiência do ombudsman paraibano. Um importante capítulo na história do jornalismo brasileiro, infelizmente, pouco conhecido. Vamos aos fatos.

Há mais de duas décadas, o jornalismo brasileiro possui ombudsman. Desde o pioneirismo da Folha de S.Paulo, em 1989, diversos impressos possuíram sua versão de representante do leitor e a maioria, com breve duração. Hoje, o diário paulista divide com o cearense O Povo o título dos únicos dois jornais brasileiros com esta função.

Aqui, iremos abordar uma outra experiência nordestina: o ombudsman no jornalismo paraibano, mais precisamente no Correio da Paraíba. Os ombudsnatos (ou mandatos de ombudsman) do Correio se deram nos anos de 1991 a 1993, e mais uma vez em 1995, com um hiato no ano de 1994. Em termos históricos, o ombudsman paraibano corresponde à primeira experiência do tipo nas regiões Norte e Nordeste, mais de dois anos antes da criação do defensor do leitor em O Povo, anunciada em dezembro de 1993 e implantada em janeiro de 1994.

Porém, desde então, é anunciado pelo diário cearense e sem praticamente nenhum contraponto, que este detém o título de primeiro jornal entre as regiões Norte/Nordeste a possuir ombudsman. Como a experiência paraibana se perdeu no tempo? Por que não compôs um capítulo na história do media criticism brasileiro? Por hora, resumidamente, pode-se dizer que ao fim da pesquisa, após análise de cerca de 150 colunas do período, análise bibliográfica, entrevistas e visitas locais, não houve, à época ou posteriormente, preocupação do jornal em publicizar a experiência. Ao contrário de O Povo, que exibiu orgulhoso seu ombudsman e, à época, tomou para si o título (não condizente historicamente) de pioneiro regional.

Este texto, contudo, não possui nenhum objetivo de provocar animosidades jornalísticas ou comerciais, até porque não há competição aqui. O Povo, assim como a Folha, merecem elogios por há décadas manterem tal profissional em seus quadros. Esta função tão cara à democracia e ao jornalismo, tão importante e, igualmente, tão criticada. O desejo aqui é de trazer à luz importante experiência do jornalismo paraibano e também brasileiro.

Ainda sobre o desconhecimento, adiantamos que em pesquisa bibliográfica, não encontramos nenhum estudo sobre os primeiros anos de ombudsnato paraibano, a não ser raras alusões. Havendo desconhecimento desde aquela época, com o passar do tempo, ficou ainda mais difícil trazer a experiência à tona. Devemos lembrar que no início dos anos 1990 não havia internet comercialmente no país e só em 1995 o primeiro jornal brasileiro estaria na Web, o Jornal do Brasil. O objeto de nossa pesquisa só foi possível de ser analisado por averiguações realizadas in loco em institutos paraibanos de pesquisa felizmente preocupados em guardar a memória do Estado. Por um conjunto de fatores, entre eles a pouca divulgação e difícil acesso ao material da época, o ombudsman paraibano passou tanto tempo no limbo.

Sopros democráticos e década do consumidor

No decorrer da década de 1990, após a Queda do Muro de Berlim, uma nova Constituição nacional e outras tantas mudanças, o mundo e consequentemente o Brasil, estava envolvido numa nova atmosfera democrática, o que se refletiu de várias maneiras no cotidiano, na política, no modo de vida, na imprensa. A conjuntura fez florescer ouvidorias em vários setores e também a figura do ombudsman de imprensa.

Não coincidentemente, a experiência do ombudsman no jornalismo paraibano se dá no início dos anos 1990. Começa precisamente em maio de 1991, com dois professores do curso de Comunicação Social da Universidade Federal da Paraíba: Carmélio Reynaldo e Alarico Correia Neto e segue até 1993. Após o hiato em 1994, surge mais uma vez em 1995, com o jornalista e funcionário desta mesma Universidade, Rubens Nóbrega. Todas as experiências ocorreram no jornal Correio da Paraíba.

O início – O primeiro ombudsnato do Correio da Paraíba aconteceu de 19 de maio de 1991 a 24 de maio de 1992. No primeiro ano, a coluna dos ombudsmans, intitulada Revisão, foi escrita por Carmélio Reynaldo e Alarico Correia Neto e nela os representantes abordaram diversos assuntos. Como de praxe, parte do trabalho foi moldar a atividade, assim como abordou Caio Túlio Costa (2006), pioneiro no Brasil – coube a ele dar forma a uma função inexistente até então.

Nas primeiras colunas, assim também o foi para os professores Reynaldo e Correia, especialmente porque as críticas partiam também de suas experiências, seus conhecimentos enquanto jornalistas e também acadêmicos. No entanto, como não existia anteriormente tal função no Correio, nem neste jornal existia um manual de redação para que eles pudessem se basear em alguma questão específica, assim partiram para dar forma ao pioneirismo de mediacriticism no jornalismo nordestino. Segundo Marcelo Bronosky,

“Por ser de dentro, o ombudsman é obrigado, por sua função, a comentar a produção dos seus colegas, muitos deles parceiros de seção e essa proximidade pode colocar em cheque a credibilidade dos comentários, por isso seus comentários devem estar embasados em dados objetivos” (BRONOSKY, 2010, p. 103).

Os ombudsmans do Correio da Paraíba não eram exatamente de “dentro da redação”, companheiros ou “parceiros de seção”. Muito embora eles fossem jornalistas por profissão e formação e fossem conhecidos pelos colegas da Redação, no momento da atuação como ombudsman, eram professores universitários do curso de Comunicação Social. O ombudsman paraibano já nasceu com algumas características particulares: convênio de uma empresa de jornalismo com o mundo acadêmico (uma universidade federal), exercido por professores universitários e não pelo conhecido “jornalista do batente”. Assim, possuíam um olhar crítico e distanciado por dois motivos: o olhar crítico que vem de uma formação acadêmica e o olhar “distanciado” de não mais atuar “dentro” da redação. Ainda assim, essa crítica possui validade por serem professores da área de comunicação (e não de outra formação), e além do conhecimento intelectual, tinham atuado no métier jornalístico.

Em entrevista, Alarico Correia Neto afirmou que de maneira alguma chegou a sofrer censura ou coerção em sua função de ombudsman e que o editor na época dava a ele e a Carmélio Reynaldo total liberdade para exercer a função. Os ombudsman mantinham um acordo quase tácito. Correia trataria mais dos problemas técnicos de redação e Reynaldo abordaria mais os problemas ideológicos e opinativos do jornal. Mas de vez em quando trocavam de posição para não parecerem “estar jogando com cartas marcadas”, ou para não perderem a condição de imparcialidade que deveriam ter, segundo Alarico Correia.

Para Correia Neto, o motivo de outros jornais paraibanos nunca terem adotado o ombudsman foi o mesmo que fez com que o Correio da Paraíba o eliminasse das suas folhas: “Não querer deixar de ser estilingue para ser vitrine.” Podemos comentar que a exposição de críticas de um meio jornalístico não é necessariamente algo ruim. De qualquer maneira, ele se expõe diariamente. O temor que os jornais possam ter de revelar seus erros pode acontecer no início, como qualquer novidade. As experiências de ombudsman consolidadas provaram que assumir os erros e tentar dirimi-los só ajudam o veículo a ganhar mais credibilidade. Como afirmou Lira Neto, ex-ombudsman de O Povo:

“Nunca tive uma vírgula das minhas colunas alteradas por quem quer que seja. Afinal de contas, eu não estava fazendo mais do que cumprir à risca o trabalho para o qual havia sido contratado. Em essência, todos nós sabíamos que ter um ombudsman sério e renitente agrega credibilidade ao jornal. E é justamente disso, credibilidade, que os jornais vivem” (LIRA NETO, 2000, p. 15).

Carmélio Reynaldo opina que a não-adoção do ombudsman por parte dos outros jornais paraibanos deve-se ao fato de que tendo um cargo como este o jornal se expõe demasiado. E nem os jornalistas nem a cúpula do jornal quer se desvelar dessa maneira para o público leitor ou para a sociedade em geral. Além disso, afirma que jornalistas já têm a fama de acharem que são donos da verdade e não admitirem críticas.

Ao terminar o seu segundo mandato como ombudsman, Reynaldo decidiu não prosseguir na função. Sua justificativa é que para ser um ombudsman é necessária uma dedicação exclusiva para aquele veículo, tanto para a leitura do jornal quanto para o atendimento ao leitor. E como seu trabalho como professor na UFPB nunca diminuiu, ficaria difícil administrar bem as duas coisas. E segundo ele, também seria necessária uma maior estrutura. Apesar de ter sido uma experiência válida, ele já tinha suas atividades como professor e seria melhor que o trabalho de ombudsman fosse feito por alguém da redação. Esta avaliação é a mesma de outros jornalistas que já exerceram a função. Desta maneira, o profissional teria somente esse cargo e faria todo o trabalho que se espera de um ombudsman: atendimento aos leitores, crítica interna diária e mediacriticism. Porém, esta opinião não é universal. Há também os que já criticaram o modelo de ombudsman como o realizado pela Folha de S.Paulo, onde o jornalista é escolhido pela direção entre os jornalistas da empresa.

Maia (2004) cita que os posicionamentos dos atores na elaboração de uma representação da ouvidoria de imprensa e nas definições da função mostram a distância entre o modelo paradigmático difundido pela instituição americana Organization of News Ombudsmen (ONO), para o público interno – os próprios ombudsmans – e para o público externo – empresas jornalísticas, jornalistas e audiência da mídia, sociedade. A autora afirma que a modelização da função de ombudsman de imprensa tende a reforçar certas atribuições em detrimento de outras e alguns modelos em prejuízo a outros. Ainda sim, a própria ONO afirma: “Dois ombudsmans não trabalham exatamente da mesma maneira” (apud MAIA, 2004, p. 107).

Nesse estudo em particular, Maia traz discussões sobre a definição norte-americana, a modelização pelo acesso do público, modelização pela crítica da mídia e ainda do outsider ou insider, que seriam profissionais de dentro e de fora do jornal, reiterando a afirmação que ombudsmans de diferentes lugares trabalham de maneiras distintas e há outras legítimas modelizações para além das consagradas.

Singularidades

A coluna de ombudsman feita em dupla e oficialmente por docentes universitários, é mais uma singularidade do ombudsman paraibano. Chegamos a ter uma primeira hipótese, logo descartada, de que a falta de conhecimento do pioneirismo regional paraibano seria fruto (além do que já foi dito) também da falta de reconhecimento dos pares devido às singularidades do caso. Entretanto, descobrimos que: à época, a Folha tinha conhecimento da existência do ombudsman da Paraíba, a ponto de enviar-lhes convite para evento sobre o assunto; há diversidades entre as experiências nacionais de ombudsman de impressa, às vezes variando bastante em cada jornal. Há, ainda assim, traços que os unem e os estabelecem como experiências legítimas quando confrontados com a teoria.

Para Bronosky, devemos considerar algumas características para a função de ombudsman de jornal. “De forma geral, para ser considerado um ombudsman, a crítica deve ser emitida de dentro do próprio meio; o cargo deve ser independente do órgão criticado e o crítico deve ser reconhecido oficialmente pela instituição criticada.” (BRONOSKY, 2010, p. 104-105). Tais características são encontradas no ombudsman paraibano. Embora a iniciativa possa ser contestada devido ao convênio ou estes não serem da redação, o fato é que eles cumpriam sua função e tinham a expertise para assumir o cargo.

Os primeiros ombudsmans paraibanos tiveram dificuldades em se relacionar com os leitores, no entanto, sua característica de crítico de mídia foi acentuada e suas colunas semanais foram sempre publicadas. Como lembra Bronosky (2010, p. 05), essa característica pública de crítica representada pelas colunas é fundamental para se garantir a transparência do crítico conferindo credibilidade ao jornal.

“Muitos veículos, principalmente no interior, adotam a função de forma esporádica, como teste, e dessa forma não se vinculam a ONO. Além disso, restringe a função do ombudsman ao espectro de abrangência dos próprios veículos ou mesmo sem o caráter tradicional dos jornais dos grandes centros. (…) A relação do ombudsman com o jornalismo brasileiro pode ser considerada incipiente, por vezes cíclica. Porém, mesmo diante dessa falta de tradição em se adotar a função de crítico, já é possível encontrar algumas explicações tanto para sua introdução, quanto para sua pouca disseminação pela imprensa local” (BRONOSKY, 2010, p. 106).

Razões para o desconhecimento

O fato acima abordado por Bronosky (agregado a algumas outras questões) pode servir como explicação para a falta de conhecimento do ombudsman paraibano. Nossas hipóteses pelas primeiras experiências do ombudsman da Paraíba ser assunto “obnubilado” estão, assim como esse adjetivo, pouco esclarecidas. Características citadas anteriormente, como ter acontecido antes de a internet ter sido implantada comercialmente e não haver estudos empíricos sobre o caso, são aspectos importantes. Porém, admitimos que é no mínimo curioso que a experiência seja pouco citada, especialmente quando sabemos que pelo menos dois dos ombudsmans cearenses (SÁ; LIRA NETO) lançaram livros sobre suas experiências e nos mesmos, afirmavam o pioneirismo que pensavam ser deles.

Contribui o fato de que a instituição do ombudsman de imprensa não ter tido longa vida no século 21, após algumas tentativas ao longo dos anos 1990 e 2000. A não ser por algumas menções isoladas e pelo perfil traçado por alguns ombudsmans no jornalismo brasileiro citado por Mendes (2002), não sabemos como ocorreu a fundo cada intento de representante do leitor. Estudos do tipo em muito contribuiriam para provar que o país possuiu diferentes experiências com esse dispositivo democrático de mídia, cada uma com suas características particulares, muitas vezes indo de encontro ao consagrado pela Folha de S.Paulo.

Haveria muito mais a dizer sobre a prática paraibana. Mesmo curta (ainda assim, mais longa que muitas tentativas brasileiras) provocou seus chacoalhos. Há muito mais nessa experiência que a velha tecla batida da influência política ou mero coronelismo. Por hora, reiteraria que apesar dos mitos e críticas que rondam o jornalismo nordestino – incluindo sua dependência governamental (algo que não é privilégio de uma região), apesar da pouca visibilidade, entre a busca por qualidade e profissionalismo e com todas suas características, o jornalismo paraibano conseguiu, ainda que brevemente e timidamente, exercer uma atividade tão rara no jornalismo e cara à democracia: a autocrítica.

A imprensa brasileira e estudos de jornalismo envolvendo a figura do ombudsman, em geral, tomam a Folha como modelo preponderante. Porém, em nossa pesquisa, inclusive de revisão bibliográfica, encontramos experiências brasileiras por vezes bastante distintas umas das outras, nem sempre alcançando o modelo consagrado pelo impresso paulista, não obstante, cumprindo seu papel, ainda que por breves momentos. A longevidade do ombudsman no diário paulista é assunto para outras reflexões. E como já afirmou Rogério Christofoletti (2012), “o ombudsman ainda não se consolidou no país”. As diversas experiências, suas falhas e sucessos, no entanto, compõem capítulos na história do jornalismo brasileiros. Por si, para futuras e especialmente, presentes reflexões, merecem ser estudados.

Referências

BRONOSKY, M. E. Manuais de redação e jornalistas: estratégias de apropriação. 1ª ed. Ponta Grossa: UEPG, 2010.

COSTA, Caio Túlio. O relógio de Pascal. 2ª ed. São Paulo: Geração Editorial, 2006.

CHRISTOFOLETTI, Rogério. “O ombudsman ainda não se consolidou no país”. Em 04/10/2012 na edição 714 do site Observatório da Imprensa. Disponível em: <teste.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/o_ombudsman_ainda_nao_se_consolidou_no_pais>

GIAGRANDE, Vera e FIGUEIREDO, José Carlos. O cliente tem mais do que razão: A importância do ombudsman para a eficácia empresarial. 2ª ed. São Paulo: Editora Gente, 1997.

LIRA NETO. A herança de Sísifo: Da arte de carregar pedras como ombudsman na imprensa. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000.

____________“O ombudsman é só marketing?” Site Observatório da Imprensa em 20/09/1998. Disponível em <http://www.teste.observatoriodaimprensa.com.br/cadernos/cid200998a.htm> Acesso em 19/01/2014.

MAIA, Kênia Beatriz Ferreira. “A modelização e o discurso de legitimação profissional do ombudsman de imprensa”. Estudos em Jornalismo e Mídia, Vol. I Nº 2 – 2º Semestre de 2004, p. 101-1014.

MENDES, Jairo Farias. O ombudsman e o leitor. Belo Horizonte: Editora O Lutador, 2002.

ROSAS, Juliana de Amorim. “Um bedel de Jornal?” (Trabalho de Conclusão de Curso) Curso de Comunicação Social – habilitação Jornalismo. João Pessoa: UFPB. 2006.

SÁ, Adísia. Clube dos ingênuos: um relato de três anos como ombudsman do O Povo. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 1998.

SÁ, Adísia et al. (org.) Ombudsmen, ouvidores: transparência, mediação e cidadania. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2004.

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Juliana de Amorim Rosas é mestre em Jornalismo