Anunciada oficialmente na semana passada, a proposta de compra da Reuters pelo grupo canadense Thomson, por US$ 17,2 bilhões, foi aceita pela empresa britânica. A concretização do negócio poderá criar o maior fornecedor do mundo em notícias e dados financeiros para mercados profissionais.
Em declaração conjunta na terça-feira (15/5), as duas companhias afirmaram que a Reuters Founders Share Company, fundação que tem o poder de barrar a transferência de propriedade da empresa de 156 anos, apoiou o acordo. Ainda seria preciso, entretanto, obter liberação regulatória e aprovação dos acionistas.
Revisão
O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que muito provavelmente irá revisar a tentativa de compra. Isso porque empresas multinacionais precisam de aprovação de órgãos regulatórios para concretizar fusões. O objetivo é evitar irregularidades e monopólio de mercado.
Se o negócio tiver sucesso, a nova empresa, chamada de Thomson-Reuters, reterá 34% do mercado de informações financeiras, ultrapassando a Bloomberg, atual líder no setor, hoje com 33%. A Thomson declarou que fará o que for preciso para conseguir a liberação antitruste. O executivo-chefe da Reuters, Tom Glocer, que irá presidir o grupo combinado, não quis prever quanto tempo o processo de venda e fusão deverá demorar. O presidente da Reuters, Niall FitzGerald, afirmou que as duas companhias vinham discutindo o assunto há nove meses. Informações de Mark Thompson [Reuters, 15/5/07].