Friday, 22 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1315

Tenho que ter um padrinho forte?

Extra, extra!!! Uma manchete sem sentido! Leia, leia!!!

O diploma enfeita a parede do quarto. Foram anos de aprendizado, anos de estudo para se tornar um profissional de comunicação para bem servir a sociedade. O caminho percorrido teve início, meio e fim. A passagem de um momento para o outro foi feita de maneira leve, sensível, como um bom texto informativo em que os olhos deslizam sem parar. Mas de repente veio a surpresa. Um texto sem cuidados foi o escolhido como o grande vencedor de uma disputa em que só houve perdedor.

A medida do Supremo Tribunal Federal em não exigir a obrigatoriedade do diploma só serviu para desestimular quem sonha(va) um dia se tornar jornalista. O ato em nada contribui para o que muitos chamam de liberdade de expressão, mas essa é uma outra discussão. Para quem deseja(va) seguir os rumos de uma das profissões mais importantes do mundo, a dúvida paira no ar. E agora, o que eu faço? Como vou me tornar jornalista? Como chegar à porta de uma empresa e pedir emprego sem cursar uma faculdade? Tenho que ter um padrinho forte? Para quem já está dentro das redações, ótimo. Mas para quem está fora, não existe mais chave e a porta na verdade não se abriu, está mais fechada do que nunca.

Agora, ao mesmo tempo em que parece ser tão fácil ‘virar jornalista’ é que a profissão fica mais longe. Será o fim das faculdades de Jornalismo? Será que a imprensa brasileira vai melhorar ou piorar? Perguntas que ainda estão muito cedo para serem respondidas, mas que só nos fazem ver que tem muita ‘barriga’, muito ‘ruído’ nessa conversa toda. Foi mal produzida, mal editada e muito mal finalizada. Ou será que eu sou um analfabeto funcional por não entender a decisão ‘suprema’?

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Estudante de Comunicação Social, Universidade Federal de Juiz de Fora, MG