Na semana passada [retrasada] a procuradoria-geral da Rússia declarou que o bitcoin e todos os sistemas anônimos de pagamento são ilegais; a MT. Gox, uma das maiores corretoras da moeda virtual, sofreu problemas técnicos que interromperam os saques; e a Apple retirou a App Store o último aplicativo de carteira digital. Como resultado de tantas notícias negativas, a moeda que atingiu pico de valorização em novembro cotada a US$ 1.207 era negociada por US$ 569 nesta segunda-feira (10/02). “A cotação está longe da estabilidade, e não ficará por um bom tempo”, disse em entrevista à CNN Zach Harvey, diretor executivo da Lamassu, que fabrica caixas automáticos para a moeda digital.
A flutuação causa problemas para consumidores e negócios que realizam transações com o bitcoin. Alguns optam por converter a moeda em dólares diariamente para evitar prejuízos, outros enfrentam dificuldades com a matemática na hora de fechar o caixa. Enquanto isso, governos do mundo todo tentam encontrar uma solução para a moeda. Os bitcoins são difíceis de serem rastreados e até pouco tempo a moeda era popular apenas no mundo underground da internet, para transações ilegais. Por esse motivo, legisladores e investidores pedem por regulação.
Na sexta-feira [7/2], a procuradoria-geral da Rússia determinou que o bitcoin e outras moedas virtuais “não podem ser usadas por indivíduos e entidades legais”. Em dezembro, reguladores chineses proibiram transações financeiras com a moeda. “O bitcoin poderia desaparecer amanhã com a intervenção do governo”, afirmou o economista James Rickards, sobre as incertezas sobre o futuro da moeda. “Eu prefiro ir a Las Vegas e jogar roleta porque me divirto.”
Porém, entusiastas da moeda não se preocupam com a instabilidade e notícias negativas. Peter Vessenes, membro da Bitcoin Foundation, afirma que a moeda sairá ainda mais forte da atual situação. “Qualquer coisa que tire atores ruins do mercado de bitcoin é bom para o bitcoin”, afirmou.