Anunciados no começo do ano passado, os domínios personalizados estão começando a aparecer no Brasil. E a dona do primeiro do país será a Globo Comunicações e Participações S.A., que oficializou o generic top-level domain “.globo” junto ao ICANN, órgão regulador de endereços na web, de acordo com informações e um documento divulgados pelo site Código Fonte.
Esta extensão deverá substituir os tradicionais “.com”, “.org” e “.net” nas páginas pertencentes à organização, e poderá ser utilizada apenas pela empresa, de acordo com o texto do IANA. E apesar de parecer meramente cosmética, a medida serve para ajudar na prevenção de fraudes e na identificação de páginas falsas, por exemplo. A aplicação do “.globo”, no entanto, ainda depende da empresa, e não se sabe exatamente quando ele começará a ser usado.
Na fila
Mesmo sendo o primeiro no Brasil, o gLTD da Globo está longe de ser o único no mundo. Cerca de 250 já foram oficializados desde outubro do ano passado, incluindo aí os das cidades de Paris e Nova York, segundo disse a INFO uma representante do próprio ICANN.
A previsão é de que mais de 1.300 dessas extensões possam aparecer nos próximos anos. Ao todo, foram 1.930 as propostas enviadas por empresas e entidades ao órgão regulador até maio de 2012, e apenas 24 delas vieram de organizações da região da América Latina e Caribe – a maioria saiu da América do Norte (911 pedidos) e da Europa (675). As solicitações são avaliadas seguindo termos específicos da IANA, e ainda há um custo relativamente alto envolvido.
Por aqui, a empresa de cosméticos Natura, por exemplo, está na fila para conseguir o próprio domínio “.natura”. A Telefônica/Vivo é outra, que “briga” pelo “.vivo”, enquanto o NIC.br, responsável pelos endereços br, estaria tentando oficializar as extensões “.bom” e “.final”.
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Gustavo Gusmão, da Exame