O Google respondeu ontem [quarta, 24/9] às acusações de pirataria feitas pela News Corp, do magnata Rupert Murdoch. Em carta aberta intitulada “Querido Murdoch” e publicada em seu blog, a gigante americana diz que há exageros em relação a seu domínio nas buscas e que “fez muito mais do que qualquer outra companhia para ajudar a combater a pirataria online”.
O diretor executivo da News Corp, Robert Thomson, instou reguladores europeus a reconsiderarem o acordo com o Google sobre suas práticas de busca, chamando a companhia de internet de um agregador “odioso” e uma “plataforma para pirataria”. Em carta enviada na semana retrasada ao comissário europeu para a concorrência, Joaquín Almunia, Thomson disse que o Google está “disposto a abusar de sua posição dominante no mercado para sufocar a concorrência”, e que a visão dos fundadores da empresa havia sido substituída por uma “administração cínica”. A carta só foi divulgada na terça-feira passada [23/9].
Em sua resposta, assinada pela vice-presidente global de Comunicações Rachel Whetstone, o Google admitiu ser muito popular na Europa, mas afirmou não ser o filtro que alguns mencionam. “Nas buscas, o Google enfrenta muita concorrência: da Amazon, para busca de produtos; de Kayak e Expedia, em voos; de Yelp e TripAdivisor, para informações locais”, afirma a executiva no post, que responde a cada item citado por Thomson.
À acusação de que alguns jornais vão falir em cinco anos se a Google continuar permitindo livre acesso a seu conteúdo, a empresa respondeu que “trabalhou duro para ajudar os editores a serem bem-sucedidos online – tanto em termos de geração de audiência quanto em elevação de receita digital”.
O Google é alvo de investigação da Comissão Europeia desde 2010, quando mais de uma dúzia de queixosos, incluindo a Microsoft, acusou a companhia de promover seus próprios serviços às custas de outras.