A ombudsman do Washington Post, Deborah Howell, escreveu em sua coluna de domingo (10/9) sobre a seção do jornal responsável por fazer críticas literárias. Segundo Deborah, entre 50 a 80 mil livros são enviados para o Post anualmente e o diário revisa ou cita cerca de dois mil deles por ano. Como estas escolhas são feitas? A editora da seção, Marie Arana, revela que ela e sua equipe avaliam a importância do tema de cada livro e sua qualidade literária.
Os livros são separados por gêneros – romance, ficção científica e auto-ajuda, dentre outros. Nomes conhecidos que costumam lançar novos títulos todo ano, como Danielle Steel e James Patterson, geralmente não aparecem na seção de críticas. “Seus fãs os conhecem e já estão esperando seus livros serem lançados; uma resenha não é necessária”, explica Marie.
Dois meses antes da publicação dos livros, a editora começa a analisar os títulos recebidos. Ela escolhe de 35 a 60 livros a cada semana para fazer uma triagem literária, com o objetivo de atingir um número de 15 a 20 livros – estes sim serão criticados. O restante é doado para bibliotecas e hospitais.
Para fazer esta triagem, Marie lê semanalmente publicações como Kirkus Reviews e Publishers Weekly, respeitadas no mundo literário. “Variedade é importante”, afirma ela. Nas reuniões, os editores devem trazer outras opções de publicações para serem criticadas. Marie também lembra um outro fator decisivo na escolha: “a descoberta mágica”, que é aquele livro não muito conhecido e que acaba se tornando um grande sucesso depois da crítica ser publicada no jornal.