O slogan é: ‘Encontrando a verdade atrás da notícia’. A missão, oferecer uma alternativa ao excesso de banalidades que dominam o noticiário – ‘É ridículo que os principais jornais freqüentemente publiquem shows de TV, como Survivor, na primeira página’, desabafam os editores. É preciso combater a dominação da yellow press (jornalismo marrom, no Brasil), os grandes veículos de comunicação que ‘exploram, distorcem e exageram’ os fatos para atrair leitores.
Criada em outubro de 2000, Yellow Times é uma organização sem fins lucrativos que começou a aceitar doações em dezembro do ano seguinte, sendo esta sua fonte de rendimento, já que não divulga anúncios para não ter que ‘ceder às vontades dos investidores’. A atitude é tão radical quanto a proposta editorial: ‘Já que os políticos são covardes demais para se opor abertamente às injustiças’, o sítio decidiu ‘expor estes políticos ao público e informar o mundo das injustiças contra a humanidade’.
Em tom não tão grandiloqüente, os colunistas – dos EUA, Canadá, Inglaterra, Rússia, Austrália e Nigéria – discutem temas atuais sob perspectivas diferentes da grande mídia. Como não poderia deixar de ser, a guerra contra o terrorismo é o principal assunto dos últimos meses. Alguns títulos são sugestivos: ‘Para que a paz prevaleça, o Ocidente primeiro deve ser justo’; ‘Os perigos de se negligenciar a África’ e ‘Como a guerra americana contra as drogas ajudou Osama bin Laden.’ Os leitores cadastrados enviam comentários – geralmente extensos – que são publicados logo abaixo do texto, promovendo debates interessantes (só o artigo sobre a África recebeu 21 mensagens). Atualizado a cada dois dias, os artigos podem ser recebidos por e-mail – basta registrar-se no sítio.